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Mas, de todos os pratos mineiros, o tutu é sua honra e glória.
O poeta Belmiro Braga, na Bélgica, longe de casa, come um, à mineira, e escreve:“Na minha qualidade de mineiro,
E acostumado ás coisas do meu lar,
Três meses eu andei pelo estrangeiro
Vendo muita relíquia... e a jejuar.Dormia como um santo, mas à mesa
Quantas vezes senti, num calafrio,
O coração bater-me com tristeza...
E o estômago bater-me de vazio...Mas um dia, na Bélgica, ditoso,
Pousei na casa de um patrício amigo:
Que refeição e que café cheiroso
Tive eu naquele abençoado abrigo!Que almoço e que jantar! E a pena leve
Se emperra e as pautas do papel arranha:
E a pena tem razão... ninguém descreve
Um tutu de feijão em terra estranha”.
A Cozinha Brasileira - São Paulo: Circulo do Livro S.A. (Edição integral Revista Cláudia - Editora Abril S.A.), sem data.
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