CURURU
O cururu é uma dança sagrada dos índios brasileiros, de origem tupi-guarani. Anteriormente era dançada nos templos. Mais tarde foi transportada para o domicilio do festeiro, onde se coloca um altar com o Santo Padroeiro do respectivo culto. É dançada exclusivamente por homens. O seu sítio de maior difusão é o Estado de Mato Grosso.

Coreografia: os bailarinos formam em duas filas, uma de frente para a outra, tendo ao lado o altar com o Padroeiro. Afastam-se em fila indiana, dando dois passos para a direita e dois passos para a esquerda, transformando a fila em pequenos círculos. Entram desafios entremeados de danças e acompanhamento musical. Os figurantes bebem cachaça.
Nos seus "Ensaios de Etnologia Brasileira", Herbert Baldus menciona a dança do Cururu da Tribo Tupi, dos Guajajaras, no Maranhão, na qual, "de repente, o chefe acocora-se e se põe a saltitar sobre o fogo e a soltar o hu, hu, hu do sapo. Depois toma de uma brasa e pondo-se a soprá-la, engole-a devagar". Sant'Ana Nery cita a coreografia dos índios, em que eles formam um circulo, no meio do qual um índio imita o saltitar do sapo.

Origem: Indígena
Data de registro: meados do século XX (~1950)



Danças do Brasil / Felícitas. - Rio de Janeiro: Editora Tecnoprint Ltda., sem/data
 
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